Reconstrução

Madeira apodrecida pode ter causado queda do teto do Clube Caixeiral

Pâmela Rubin Matge

Foto: Charles Guerra (Diário)
Cerca de 40% do teto desabou

A quarta-feira foi de novas vistorias e de avaliações no interior do Clube Caixeiral, que continua interditado. Na madrugada da última terça-feira, parte da estrutura do teto desabou. Cerca de 40% da cobertura, pegando a metade do salão até o palco, rompeu.

Uma equipe técnica contratada pelo clube segue fazendo o levantamento dos estragos, bem como se será preciso novos reparos na estrutura restante. Tudo deve ser registrado em um laudo que será enviado à prefeitura e à inspetoria do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS) em Santa Maria.

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Conforme informações preliminares, houve o rompimento de uma linha de uma tesoura da cobertura. Não foi detectado, até o momento, desgaste pela ação de cupins.

_ Parte da madeira que sustentava a estrutura pode ter apodrecido com a chuva. Como é um prédio antigo, com telhas de barro, bem pesadas, acabou caindo _ explicou o arquiteto Marcus Coden, que presta assessoria ao clube.

O arquiteto também acompanhou a empresa do ramo da construção civil que irá retirar os escombros decorrentes do desabamento, mas não há data para liberação do imóvel.

Recentemente, o Caixeiral passou por intervenções pontuais, como pintura e modificações estruturais para acessibilidade. Porém, a última obra no telhado do clube já passa de cinco anos. Segundo o presidente da entidade, Delmar Guerra, a responsabilidade era de outra administração, e ainda ão há conhecimento se algum engenheiro acompanhou os serviços executados na época.

Conforme a prefeitura e o Corpo de Bombeiros, o clube estava com a documentação exigida em dia.

PREVENÇÃO 
A chamada Lei da Inspeção Predial, que consiste em um avaliação técnica da segurança das edificações e é embasada nos parâmetros da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), prevê a adequação de aspectos estruturais elétricos e hidráulicos pode diminuir o risco de acidentes nos imóveis.  

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Contudo, por não ser uma lei federal, cabe a cada município adotá-la ou não. No Rio Grande do Sul, municípios como Canoas, Capão da Canoa e Porto Alegre já seguem a normativa. No caso da Capital, desde 2012, o decreto 17.720 estabelece um Laudo Técnico de Inspeção Predial (LTIP), que deve ser entregue à prefeitura. O LTIP deve ser feito profissionais do (Crea-RS) ou no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-RS).

- Em Santa Maria, ainda não há, mas o Crea provoca todas as prefeituras a adotarem, pois trata-se de segurança da população - defende o engenheiro Juarez Lopes, responsável pela inspetoria do Crea em Santa Maria.

Conforme a secretária de Estruturação e Regulação Urbana, Ângela Pisani, a prefeitura já discute a possibilidade de adotar essa lei, mas não é nada concreto e nenhum projeto foi enviado à Câmara de Vereadores.


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